26 de setembro de 2010

Quinta de Regaleira





A Quinta da Regaleira
Quarta, 27 Agosto 2008
O Palácio da Regaleira é o edifício principal e o nome mais comum da Quinta da Regaleira. Também é designado Palácio do Monteiro dos Milhões, denominação esta associada à alcunha do seu primeiro proprietário, António Augusto Carvalho...

Aprender a Voar...

18 de setembro de 2010

Prece Maçônica

Senhor, Grande Arquitecto do Universo!
Permitiste-me que, como Maçom, eu pudesse vislumbrar um
pálido clarão de Tua Luz ao ingressar nos Mistérios.

Ajuda-me, pois, a ser também luz para iluminar os caminhos
que abristes para mim, para os que agora acompanho e
para os que talvez um dia me seguirão.

Que eu reflicta em cada traço de meu corpo - veículo perecível
e transitório - e de meu espírito - essência imortal, a justa medida
do golpe do Teu Maço e o perfeito desbaste do Teu Cinzel, para
que toda minha individualidade reflicta inequivocamente Tua Vontade,
Tua Lei, Teu Desejo incontido e incontível de Criação.

Fizeste-me Maçom. Para isso morri, despertaste-me, renasci!
Estende-me, pois, Vontade Suprema, o verdadeiro sentido da
mansidão fraterna nos gestos, nas atitudes e no falar, para que por
mim honra e glória sejam dadas a Ti, Criador, não à criatura.

Ensina-me a humildade na crítica, sobretudo ao ser eu o criticado,
para que através de mim todos entendam e aceitem que a
humildade é uma de Tuas Essências.

Instrue-me nas virtudes da Paciência, da Tolerância e da Alegria.
Concede-me as chaves de suas portas para que eu possa confessar ao
mundo minha crença em Teus Desígnios tanto em juramento quanto
em acções, cada dia de minha vida.

Ajuda-me, Supremo Ordenador, no desenvolvimento da capacidade
de aceitar os outros como são, mesmo que isso me pareça a tarefa mais
árdua, a pedra mais bruta, a viagem mais penosa ou a taça mais
amarga, pois melhor que aqueles que um dia me conduziram diante de Ti,
conheces a verdadeira contextura deste seixo pequenino que sou
e como é discutível o meu julgamento humano.

Dá-me, bem antes da sabedoria de Salomão, a aceitação
de Jó para que minha palavra seja sempre voltada
para o bem de meus irmãos universais.

Sou pedra bruta, bem o sei, mas não inanimada
pois posso mover-me. Indica-me, então,
a direcção do Teu Golpe. Cinzela minhas arestas
e assenta-me na construção do Templo Universal
que Desejas e contra cujas Colunas tantos lutam
em insensata cegueira.
Amplia o alcance de meus braços, aumenta minhas forças, abra-me
o conhecimento, reforça minha fé e minha coragem,faça ressoar minha alegria, dá-me a convicção por
meus ideais, alimenta meu corpo, abra-me Teus
Caminhos e desapega-me de mim mesmo. Deixa-me ver a Ti sempre,
em tudo e em todos; jamais, contudo, assim o peço, que seja por
mim mas por meus irmãos.

Pois é somente assim que poderei ser justo e perfeito Maçom; é somente
assim que poderei apresentar-me diante de Ti, no
momento da Iniciação no Oriente Eterno, com minhas mãos
senão cheias ao menos calejadas do trabalho por amor
a Ti; com meus olhos senão cegos por Tua Luz ao
menos voltados em Tua direcção.
De nenhum outro modo, senão assim, poderei chamar-Te de Pai
Criador, reconhecer-Te sinceramente como a Vontade
Suprema na ordem perfeita do Universo,
erguer meus olhos para Ti sem ofender-Te,
pedir-Te sem barganhas hipócritas, oferecer-Te o
melhor de mim sempre e unir-me a Ti como a chama
que retorna ao lenho do qual partiu, na união final que
dispensa explicações.
Mas, ainda Te peço algo mais, Senhor dos Mundos!

Que eu possa, antes de cruzar as Colunas do Oriente Eterno,
olhar a marca de todos os meus passos e actos sem envergonhar-me
do pouco que tenha caminhado ou feito, se nesse pouco tenha podido
lapidar uma única pedra que seja e que meus irmãos universais,
ao passarem pelo lugar de meu último repouso, consigam
ver na soma de tudo o que pude ser ou fazer um
pequenino fragmento de Tua Presença.

Assim seja!

Irm António Carlos de Souza Godoi - A:.R:.L:.S:. Nove de Abril de Mogi Guaçu
Or:. de Mogi Guaçu - SP.
http://www.rlmad.net/arquivoblog/51-poesmac/392-prec-mac.html

Vejo que tens viajado muito, Irmão

Onde quer que possas estar,
Onde quer que te detenhas a meditar,
Seja longe, em terras estranhas,
Ou simplesmente no lar, doce lar,
Sempre sentes um grande prazer,
Que faz vibrar as cordas do coração,
Apenas em ouvir a fraterna saudação
“Vejo que tens viajado muito, Irmão!”

Quando recebes a saudação do Irmão
E ele te toma pela mão
Isso comove-te e toca-te no íntimo
Numa emoção incontida, por demais profunda.
Sentes que aquela união de Irmãos,
Que é um anseio da humanidade inteira,
Que se realiza no estender das mãos
E na voz a dizer fraternalmente:
“Vejo que tens viajado muito, Irmão”

E se és um estranho,
Solitário em estranhas terras,
Se o destino te deixou derreado,
Batido e à beira da morte, longe do lar,
Não há sentimento mais completo
Que aquele que te sacode sob a saudação
“Vejo que tens viajado muito, Irmão”

E quando chegar, finalmente, tua derradeira hora,
O momento de empreender a mais longa das viagens,
Revestido do branco avental de cordeiro
E sob a a escolta dos Irmãos que já passaram,
O Guarda Interno da Porta de Ouro,
Com Esquadro, Régua e Prumo
Pedir-te-á a Palavra de Passe
E dir-te-á, então,
“Passa. Vejo que tens viajado muito, Irmão”

Autor: desconhecido, do Oriente de Montana - USA

Retirado do site: http://www.rlmad.net/arquivoblog/51-poesmac/96-vejo-irmao.html

Sleeping Sun